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Entenda o que são tecnologias educacionais e como implementar na escola

Entenda o que são tecnologias educacionais e como implementar na escola

6 min

Adolescente utilizando tecnologia educacional

Tecnologias educacionais: o que são, exemplos e como aplicar

Vivemos na era da informação. Diferentes aspectos da nossa rotina foram impactados pela eclosão de novas mídias e aparelhos eletrônicos em uma velocidade nunca antes vivenciada pela humanidade. Apenas alguns exemplos de tarefas que foram modificadas incluem estudar, se comunicar, pedir comida, encontrar informações sobre lugares e pessoas.

Mas você sabe como incluir a sua escola nessa cultura digital? No texto de hoje, vamos discutir:

Não deixe de conferir!

O que é uma tecnologia educacional?

Antes de tudo, é preciso compreender o que se entende por tecnologia e o papel que ela pode exercer em um ensino de qualidade. De acordo com o Dicionário etimológico da língua portuguesa, esse vocábulo advém da junção da expressão grega "tékhnē", que significa “técnica, arte ou habilidade”, com o sufixo "-logia", derivado do termo grego “logos”, que indica ideias como "estudo ou tratado". 

Assim, o sentido mais abrangente do termo abarca a noção de conjunto de mecanismos ou habilidades voltados para a produção de saberes ou objetos. Não é à toa, pois, que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nomeia 3 das 5 áreas do conhecimento mandatórias no Ensino Médio acompanhadas da expressão “tecnologias”:

  1. Linguagens e suas Tecnologias 

  2. Matemática e suas Tecnologias 

  3. Ciências da Natureza e suas Tecnologias 

Em linhas gerais, uma tecnologia educacional consiste em um aparato utilizado em um um contexto instrucional. Sua seleção se dá, então, para fins de ensino-aprendizagem de determinados conteúdos e componentes.

Uma das pesquisadoras que adotam tal definição é Sonia Aparecida Alcici, pedagoga e professora titular da Universidade de Taubaté. No capítulo introdutório do livro Tecnologia na escola: abordagem pedagógica e abordagem técnica (2014), a autora destaca que “o giz, as revistas, [e] os mapas” são exemplos de tecnologias usadas nas escolas (p. 14).

As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (divulgadas como TDICs), por outro lado, são (hiper)mídias, equipamentos, programas e redes digitais. Esses aparatos, como a sigla indica, são empregados para  promover a comunicação eficiente e a disseminação de informações.

As TDICs são, por assim dizer, potenciais ferramentas para a construção de dinâmicas de ensino e aprendizagem. É preciso reiterar, contudo, que a mediação das atividades por professores qualificados é crucial em atividades didáticas. Nas palavras de Alcici (2014):

A verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem.  (...). De fato, a informação, hoje, pode ser buscada em bancos de dados, livros, sites de busca, estando à disposição nos mais variados meios. (...) Ao professor cabe o papel de estimular a curiosidade do aluno, levando-o a querer conhecer, pesquisar, buscar e selecionar a informação mais relevante. (p. 15)”

Alguns desses aparatos digitais que podem ser agregados à ambiência escolar como materiais pedagógicos são:

  • computadores e laptops;

  • aparelhos de conexão à internet;

  • tablets;

  • lousas digitais;

  • telefones celulares e outros dispositivos móveis.

Como a escola pode se beneficiar do uso de uma tecnologia educacional?

No artigo intitulado Currículo, tecnologia e cultura digital: espaços e tempos de web currículo, Almeida e Silva (2011) listam algumas vantagens da inserção de TDICs na proposta pedagógica da escola. Dentre esses aspectos, destacam-se aqueles listados a seguir.

  • A possibilidade de análise e navegação por diferentes linguagens (textos e imagens estáticos, hipertextos, vídeos, áudios) e gêneros discursivos (redes sociais, blogs, vlogs, endereços eletrônicos informativos, artigos online, podcasts etc).

  • A possibilidade de reação crítica a publicações dispostas na internet e sua reconfiguração.

  • O contato e articulação com discursos e culturas diversas, de diferentes localidades do planeta.

  • A inserção do ecossistema escolar na cultura digital que já permeia a vida de inúmeros estudantes.

É interessante notar, também, que tecnologias desenvolvidas nas últimas décadas podem facilitar o dia a dia de alunos com deficiência. Recursos como audiolivros, computadores guiados por comandos falados e hardwares adaptados (como mouses e teclados)  são exemplos de tecnologias assistivas úteis para esse fim.

Eles permitem o acesso de pessoas com deficiências ao conhecimento e sua inclusão em atividades rotineiras junto às turmas.

É compreensível, então, que a BNCC destaque também as tecnologias digitais como elementos cruciais a serem explorados nas salas de aula de todos os segmentos. Na Competência Geral de número 5, há um especial destaque do uso crítico e ético de tais ferramentas para a comunicação em esferas diversas da sociedade: 

“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (p. 9)

Leia mais: Tecnologia nas escolas: vantagens e desvantagens

Como a tecnologia educacional pode ser uma aliada da gestão escolar?

São incontáveis as demandas que podem ser supridas por meio da adoção de tecnologias educacionais na sua escola. Algumas tarefas que podem ser otimizadas por meio do acesso à internet e aparelhos eletrônicos são:

  • a distribuição de quadros de horários com critérios atribuídos em comandos de inteligência artificial;

  • a criação e manutenção de redes sociais para divulgação de iniciativas da escola e informações institucionais;

  • o contato rápido e eficaz com fornecedores de recursos via e-mail e aplicativos de mensagens instantâneas;

  • o compartilhamento e edição colaborativa de planilhas, fluxos de trabalho, relatórios e planos orçamentários;

  •  o armazenamento seguro em nuvem de arquivos importantes, sem que seja necessário o acesso a aparelhos eletrônicos físicos específicos em localidades nem sempre acessíveis;

  • o uso de plataformas e softwares educacionais que vão apoiar a aprendizagem e facilitar a superação de questões relacionadas à defasagem escolar e à recomposição da aprendizagem, por exemplo.

Além disso, outra atribuição importante de gestores escolares é o apoio ao trabalho do corpo docente. Algumas das dicas a seguir podem te ajudar nessa tarefa.

  • Promova workshops, palestras e atividades formativas que apresentem novos recursos (como sites e aplicativos) e como utilizá-los com intencionalidade didática em sala de aula.

  • Incentive a redação colaborativa e simultânea de planos de aula e projetos pedagógicos de modo cooperativo entre os professores via arquivos compartilhados virtualmente.

  • Avalie a possibilidade de implementação de um sistema de registro e armazenamento automático de dados como a frequência dos(as) alunos(as) de cada turma, situações de evasão escolar, avaliações qualitativas e quantitativas de desempenho e sugestões de melhorias para o espaço escolar.

Como as tecnologias da Árvore podem auxiliar a comunidade escolar?

A plataforma gamificada de leitura da Árvore possibilita o acesso a um acervo diverso com mais de 50 mil títulos (incluindo alguns premiados e outros aprovados no PNLD). 

Lá você encontra uma ampla gama de autores, eixos temáticos e gêneros discursivos que contribuem não só para o letramento digital, mas também para  a leitura crítica, a leitura de mundo e o trabalho com a Educação Socioemocional

Tudo isso em uma interface intuitiva. Com as nossas ferramentas de busca, você pode facilmente fazer uma curadoria de livros e audiolivros, filtrando-os por eixos temáticos, anos escolares recomendados e editoras.  Ademais, a nossa página leitora possui opções que facilitam a acessibilidade por alunos com diferentes perfis de idade e níveis escolares. 

E tem mais! A cada acesso ocorre uma geração automática de dados quali-quantitativos dos(as) estudantes, escolas, turmas, e até mesmo de um estudante específico. Nossos relatórios inteligentes abarcam títulos acessados, tarefas concluídas e o mapa de leitura de cada estudante.

Com isso, gestores e educadores podem acompanhar o desenvolvimento das habilidades leitoras, o que facilita o processo de análise de desempenho e a identificação de lacunas de aprendizagem. Entendemos que os planos de ação para personalização do ensino e recomposição da sua escola devem ser embasados em dados norteadores.

Na Árvore você também conta com a proteção de dados e recomendações de textos adequados a cada segmento. Prezamos pela garantia de um ambiente digital seguro para crianças e adolescentes. 

Por tudo isso, escolas parceiras da Árvore alcançam uma média de leitura 2x maior que a média nacional. Segundo a pesquisa Retratos da leitura, realizada em 2019, a média brasileira de livros inteiros lidos a cada 3 meses é de somente 1,05%.

Se interessou por esse assunto? Então aprofunde seus conhecimentos com nosso artigo A tecnologia que não funciona na educação. Até logo!

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