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A ERA DO FAKE NEWS

A ERA DO FAKE NEWS

2017-08-23
Post modificado em:

Se você precisa conversar com um amigo que mora em outra cidade, o que você faz? Escreve uma carta? Manda um telegrama? Faz uma ligação? Ou manda uma mensagem por meio de uma rede social? Mesmo que você não seja um expert em tecnologia, a chance de você escolher a última opção é muito grande. As redes sociais permitem que as pessoas se comuniquem instantaneamente como se estivessem lado a lado, mesmo que estejam a quilômetros de distância e mais do que isso: os usuários podem compartilhar momentos com outros usuários. Aliás, essa palavra “compartilhamento” é provavelmente a melhor definição para essa era digital. Só no Brasil, mais de 102 milhões de usuários compartilharam seus momentos no Facebook por mês em 2016, segundo dados divulgados pela companhia.A era digital e as redes sociais são um caminho sem volta: no mundo todo, usuários do YouTube gastam mais de 1 bilhão de horas por dia assistindo a vídeos na plataforma, como foi divulgado em matéria do Wall Street Journal. O Twitter tem mais de 319 milhões de usuários ativos por mês no mundo todo. O Instagram já divulgou que ultrapassou os 700 milhões de usuários no mundo todo. Estamos cada vez mais conectados às pessoas, o problema é que as redes bombardeiam tantas informações, de tantos lados, que os usuários não processam informações da maneira mais aprofundada.Com esse cenário, o chamado Fake News ganha cada vez mais espaço. Fake news é o fenômeno que consiste na publicação de matérias falsas, que parecem conteúdo jornalístico, mas não passaram pelo devido processo de pesquisa e apuração. A prática não é nova, ela existe desde que o mundo é mundo e jornal é jornal, o ponto é que até alguns anos atrás, poucas pessoas tinham a chance de produzir conteúdo com grande repercussão. A internet democratizou a produção de informação e qualquer rumor pode estar na timeline de milhares ou mesmo milhões de pessoas em algumas horas.O fenômeno do Fake News ganhou tamanha dimensão, que muitos especialistas afirmam que estamos vivendo a Era da Pós-Verdade. Segundo está descrito no dicionário Oxford, pós-verdade quer dizer: “relatos ou denotação de circunstâncias em que os fatos objetivos são menos influentes na formação da opinião pública do que o que atrai a emoção e a crença pessoal”.Um exemplo disso está no resultado da pesquisa feita pelo site americano BuzzFeed, apontando que, no período final das eleições americanas de 2016, os links de notícias com informações falsas que mais tiveram repercussão no Facebook ultrapassaram em números de compartilhamentos, reações e comentários os 20 conteúdos jornalísticos compartilhados na rede social.

O BuzzFeed também divulgou uma informação semelhante sobre o Brasil: uma pesquisa sobre as notícias compartilhadas no Facebook relacionadas à operação Lava Jato mostrou que as dez notícias falsas mais compartilhadas no Facebook sobre o caso superam em quantidade as 10 notícias verdadeiras sobre a operação. E se restam dúvidas quanto à relevância do Facebook, uma pesquisa feita pelo Reuters Institute News Digital 2017 prova o quanto essa rede social é influente e como a falta de preparo dos leitores par filtrar com conteúdo dela é alarmante.O estudo foi feito com mais de 2 mil brasileiros e mostrou a relação do Brasil com as redes sociais. Segundo o documento 76% dos entrevistados para a pesquisa são usuários do Facebook e 57% não apenas usam a rede social, como também a utilizam como fonte de notícia. Isso prova que o brasileiro muitas vezes usa das redes sociais como primeira fonte de informação. Tudo isso gera um impacto direto na sociedade. Por exemplo, o acesso a informações públicas é um direito constitucional e o jornalista muitas vezes é a ponte entre essas informações e a população, mesmo que elas estejam disponíveis para todos, os repórteres esmiúçam e traduzem dados, justamente com o intuito de informar leitores, ouvintes e telespectadores da forma correta. Quando uma informação não passa por esse crivo jornalístico, as chances delas estarem equivocadas são consideravelmente maiores. Como amenizar esse quadro? O colunista da Scientific American, David Pogue, afirma que “a cura derradeira para a epidemia de notícias falsas serão mais leitores céticos”. E você? Questiona o que lê nas redes sociais?

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