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Como fazer o relatório de aprendizagem do aluno?

Como fazer o relatório de aprendizagem do aluno?

4 min

Como fazer o relatório de avaliação de aprendizagem do aluno?

Há pouco mais de uma década, especialistas da área de educação começaram a abordar o processo avaliativo sob um novo enfoque.

Mais do que a classificação do aluno e a expressão do resultado individual por meio de notas, essa nova abordagem valoriza o progresso de cada estudante ao longo do período analisado. Além disso, pontua as intervenções realizadas e os recursos utilizados, descrevendo-os em relatórios de avaliação da aprendizagem.

No entanto, a elaboração desses relatórios pode deixar muitos professores em dúvida. Isso acontece porque eles demandam uma abordagem qualitativa do processo de aprendizagem, enquanto as provas, por exemplo, exigem uma análise quantitativa.

Continue a leitura e confira mais sobre o relatório de avaliação de aprendizagem do aluno!

Por que fazer um relatório de avaliação da aprendizagem?

O relatório de avaliação da aprendizagem é um registro fiel que descreve a trajetória de aprendizagem de cada aluno, sendo mais comum na educação infantil e nos primeiros anos do ensino fundamental.

No entanto, por ser um feedback completo e mais próximo do aluno, o ideal é que seja utilizado durante toda sua passagem pela instituição de ensino. Esses relatórios são úteis porque, diferentemente das notas, formam um verdadeiro "diagnóstico" ao realizar uma avaliação qualitativa

Ao analisar com atenção, veremos que um conceito no boletim não mostra sequer quais objetivos foram atingidos ou não pelos alunos. Por outro lado, o relatório de aprendizagem é completamente diferente:

  • revela quais objetivos foram superados;

  • descreve o processo que o levou a esse resultado;

  • demonstra intervenções realizadas para a ampliação do saber;

  • permite a observação dos resultados alcançados.

Sendo assim, o relatório de avaliação de aprendizagem do aluno é importante por diversas razões:

  • permite que o educador reveja os procedimentos adotados, contribuindo para a reflexão sobre seu trabalho;

  • revela o ponto em que o aluno iniciou um processo de reflexão e sistematização sobre determinado tema, bem como os saberes prévios que serviram como base dessa trajetória;

  • descreve as intervenções utilizadas para atingir o objetivo e o resultado obtido;

  • destaca os avanços em relação aos objetivos pedagógicos;

  • fornece informações para que a escola e os pais compreendam melhor as necessidades daquele aluno, o que pode ajudá-los a planejar intervenções mais eficazes;

  • fornece informações essenciais para futuros professores trabalharem com mais segurança e assertividade;

  • permite que a família compreenda o trabalho realizado pela escola e de que forma os pais podem contribuir para potencializar o desenvolvimento do aluno;

  • ajuda a escola a entender o perfil das turmas e a ajustar seu planejamento para tornar seu ensino mais efetivo;

  • ajuda o professor a realizar modificações e ajustes a fim de otimizar o aprendizado.

Leia também: Como a leitura na escola ajuda o aluno?

Por que ajudar os professores na elaboração do relatório de aprendizagem do aluno?

É importante que o professor tenha o apoio da coordenação pedagógica para a implementação e para o aperfeiçoamento do relatório de aprendizagem do aluno. Sendo assim, dar a devida orientação aos professores é a melhor maneira de garantir que esse documento cumpra muito mais do que uma função legal ou burocrática na escola.

É importante fazer com que ele se torne um verdadeiro mapa para conduzir os alunos ao sucesso, tanto no aspecto acadêmico como em seu desenvolvimento como cidadão, fora dos muros da instituição.

Ouça no Plantando Histórias: As transformações e marcas da educação

Como deve ser o processo de avaliação da aprendizagem?

Como uma espécie de mentor dos docentes, a gestão escolar e o coordenador pedagógico têm um papel fundamental na elaboração dos relatórios de avaliação escolar. A orientação dessa equipe profissional é essencial para os professores, quer a prática esteja em fase de implementação ou já esteja sendo utilizada pela escola há muito tempo. 

A seguir, descubra como é possível ajudá-los na elaboração dos relatórios!

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1. Defina o período da avaliação da aprendizagem

Dentro de uma instituição de ensino, o período abrangido por cada relatório escolar do aluno deve ser padronizado. Enquanto algumas escolas optam por avaliações bimestrais, outras dividem o ano em trimestres ou semestres.

Oriente os professores a fazer observações referentes apenas ao período referente àquele relatório. Sendo assim, não há necessidade de resgatar informações que já fizeram parte de documentos anteriores.

2. Oriente quanto à manutenção dos registros diários do desenvolvimento do aluno

Registros precisos são a base para relatórios completos de avaliação da aprendizagem. Por isso, é importante orientar os professores a guardar esses materiais e fazer anotações.

O primeiro registro fundamental para um bom relatório é o próprio planejamento, já que o desempenho dos estudantes será avaliado à medida que alcançam ou não os objetivos de aprendizagem. Portanto, esse documento é essencial.

Além disso, o professor precisa manter um registro fiel do que acontece em sala de aula, fazendo anotações sobre a frequência do aluno e sua participação nas atividades de classe. Também é importante pontuar o compromisso dele e da família com as tarefas complementares etc.

O apoio oferecido pelo professor aos alunos deve ser registrado, bem como atividades direcionadas a toda a classe. Por exemplo: houve alguma ação suplementar na tentativa de sanar suas dificuldades? Quais foram elas? Qual o resultado obtido?

3. Disponibilize um modelo de relatório pedagógico de aluno

Quem já atuou em sala de aula sabe que um único bimestre reúne uma quantidade imensa de informações. Seria inviável, e até mesmo desnecessário, elaborar um relatório com todas elas.

Por esse motivo, é importante que o professor tenha um modelo e um roteiro em mãos. Isso vai ajudá-lo a não se esquecer do que é essencial, além de estabelecer uma ordem clara e descrever, de forma sucinta, as principais situações didáticas e seus resultados. Entre esses itens, não devem faltar:

  • principais objetivos ou conteúdos de cada eixo de conhecimento;

  • conhecimentos prévios verificados antes da abordagem do conteúdo;

  • andamento e intervenções;

  • resultado;

  • observações adicionais sobre a postura e o desempenho do aluno.

Leia também: Dica de Leitura: Confira 9 Formas de Incentivar o Hábito na Educação Infantil

Em algumas localidades do país, o documento é obrigatório e a norma estabelece até mesmo os itens que deverão fazer parte dele. Esse é o caso da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, que determinou, na Portaria 7.598 de 2016, que o Relatório Descritivo individual do aluno deve conter:

  • o percurso realizado pelos estudantes, tanto individualmente quanto pelo grupo;

  • diferentes formas de expressão da aprendizagem;

  • registros de observações significativas do aluno;

  • expectativas da família;

  • registros coletados pelos professores a respeito da frequência do aluno e sua interferência nos resultados de aprendizagem obtidos.

4. Consulte a BNCC

A BNCC também é uma excelente ferramenta de apoio para tomada de decisão por parte dos gestores escolares, servindo até mesmo como base para criação de um relatório individual do aluno com dificuldade de aprendizagem.

Sendo assim, considerar seus pilares para a criação do planejamento escolar e, quando necessário, o replanejamento pode fazer toda a diferença, além de permitir o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais.

5. Defina o tom da linguagem

Sempre é importante lembrar aos professores que a linguagem utilizada no relatório precisa ser objetiva, simples e positiva. Ela também deve ser facilmente compreendida pelos familiares do aluno e por outros profissionais que, eventualmente, venham a atendê-lo.

Uma boa sugestão é criar uma espécie de lista com frases sugestivas que o professor pode usar para descrever cada situação. Confira

  • compreensão dos conteúdos;

  • concentração e atenção em sala de aula;

  • autonomia e iniciativa;

  • relacionamento com colegas.

6. Avalie os relatórios dos professores

Mesmo os profissionais que só trabalham com redação têm seus escritos analisados por revisores. Em uma escola, não pode ser diferente.

Sendo assim, depois de prontos, os relatórios precisam ser revisados pelo gestor escolar ou mesmo pelo coordenador. O importante é que o profissional esteja atento para detectar informações equivocadas, erros de digitação ou gramaticais e, até mesmo, uma linguagem muito pesada.

É importante dedicar um período para se sentar com os professores e revisar junto com eles alguns desses relatórios de avaliação da aprendizagem. Você deve destacar os pontos positivos do relatório e orientá-los quanto à reescrita do que pode ser melhorado.

7.  Não se esqueça de considerar os relatórios anteriores

Uma vez que o relatório de aprendizagem do aluno funciona como um histórico e que o aprendizado se dá de forma contínua, tanto o gestor escolar quanto o professor atual do aluno precisa estar atento ao passado do estudante.

Para isso, avalie os dados contidos em relatórios anteriores e considere melhorias e mudanças no aprendizado do aluno, bem como comportamentos e habilidades em comparação ao período anterior. 

Como vimos até aqui, a implementação do relatório de avaliação da aprendizagem pode ser trabalhosa. No entanto, esse documento retrata fielmente o progresso de cada aluno, fornecendo um feedback importante para a família e outros envolvidos no processo educativo.

Com essas informações, tanto os pais quanto os gestores podem compreender melhor as necessidades do aluno para estabelecer práticas efetivas em prol da sua aprendizagem. 

Agora que você já sabe como ajudar seus professores na elaboração dos relatórios de avaliação de aprendizagem, conheça outras alternativas para promover a construção de conhecimentos. Torne sua escola mais atrativa e eficiente com nosso Guia do Engajamento Escolar!

1. Defina o período da avaliação da aprendizagem

Dentro de uma instituição de ensino, o período abrangido por cada relatório escolar do aluno deve ser padronizado. Enquanto algumas escolas optam por avaliações bimestrais, outras dividem o ano em trimestres ou semestres.

Oriente os professores a fazer observações referentes apenas ao período referente àquele relatório. Sendo assim, não há necessidade de resgatar informações que já fizeram parte de documentos anteriores.

2. Oriente quanto à manutenção dos registros diários do desenvolvimento do aluno

Registros precisos são a base para relatórios completos de avaliação da aprendizagem. Por isso, é importante orientar os professores a guardar esses materiais e fazer anotações.

O primeiro registro fundamental para um bom relatório é o próprio planejamento, já que o desempenho dos estudantes será avaliado à medida que alcançam ou não os objetivos de aprendizagem. Portanto, esse documento é essencial.

Além disso, o professor precisa manter um registro fiel do que acontece em sala de aula, fazendo anotações sobre a frequência do aluno e sua participação nas atividades de classe. Também é importante pontuar o compromisso dele e da família com as tarefas complementares etc.

O apoio oferecido pelo professor aos alunos deve ser registrado, bem como atividades direcionadas a toda a classe. Por exemplo: houve alguma ação suplementar na tentativa de sanar suas dificuldades? Quais foram elas? Qual o resultado obtido?

3. Disponibilize um modelo de relatório pedagógico de aluno

Quem já atuou em sala de aula sabe que um único bimestre reúne uma quantidade imensa de informações. Seria inviável, e até mesmo desnecessário, elaborar um relatório com todas elas.

Por esse motivo, é importante que o professor tenha um modelo e um roteiro em mãos. Isso vai ajudá-lo a não se esquecer do que é essencial, além de estabelecer uma ordem clara e descrever, de forma sucinta, as principais situações didáticas e seus resultados. Entre esses itens, não devem faltar:

  • principais objetivos ou conteúdos de cada eixo de conhecimento;

  • conhecimentos prévios verificados antes da abordagem do conteúdo;

  • andamento e intervenções;

  • resultado;

  • observações adicionais sobre a postura e o desempenho do aluno.

Leia também: Dica de Leitura: Confira 9 Formas de Incentivar o Hábito na Educação Infantil

Em algumas localidades do país, o documento é obrigatório e a norma estabelece até mesmo os itens que deverão fazer parte dele. Esse é o caso da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, que determinou, na Portaria 7.598 de 2016, que o Relatório Descritivo individual do aluno deve conter:

  • o percurso realizado pelos estudantes, tanto individualmente quanto pelo grupo;

  • diferentes formas de expressão da aprendizagem;

  • registros de observações significativas do aluno;

  • expectativas da família;

  • registros coletados pelos professores a respeito da frequência do aluno e sua interferência nos resultados de aprendizagem obtidos.

4. Consulte a BNCC

A BNCC também é uma excelente ferramenta de apoio para tomada de decisão por parte dos gestores escolares, servindo até mesmo como base para criação de um relatório individual do aluno com dificuldade de aprendizagem.

Sendo assim, considerar seus pilares para a criação do planejamento escolar e, quando necessário, o replanejamento pode fazer toda a diferença, além de permitir o desenvolvimento de competências e habilidades socioemocionais.

5. Defina o tom da linguagem

Sempre é importante lembrar aos professores que a linguagem utilizada no relatório precisa ser objetiva, simples e positiva. Ela também deve ser facilmente compreendida pelos familiares do aluno e por outros profissionais que, eventualmente, venham a atendê-lo.

Uma boa sugestão é criar uma espécie de lista com frases sugestivas que o professor pode usar para descrever cada situação. Confira

  • compreensão dos conteúdos;

  • concentração e atenção em sala de aula;

  • autonomia e iniciativa;

  • relacionamento com colegas.

6. Avalie os relatórios dos professores

Mesmo os profissionais que só trabalham com redação têm seus escritos analisados por revisores. Em uma escola, não pode ser diferente.

Sendo assim, depois de prontos, os relatórios precisam ser revisados pelo gestor escolar ou mesmo pelo coordenador. O importante é que o profissional esteja atento para detectar informações equivocadas, erros de digitação ou gramaticais e, até mesmo, uma linguagem muito pesada.

É importante dedicar um período para se sentar com os professores e revisar junto com eles alguns desses relatórios de avaliação da aprendizagem. Você deve destacar os pontos positivos do relatório e orientá-los quanto à reescrita do que pode ser melhorado.

7.  Não se esqueça de considerar os relatórios anteriores

Uma vez que o relatório de aprendizagem do aluno funciona como um histórico e que o aprendizado se dá de forma contínua, tanto o gestor escolar quanto o professor atual do aluno precisa estar atento ao passado do estudante.

Para isso, avalie os dados contidos em relatórios anteriores e considere melhorias e mudanças no aprendizado do aluno, bem como comportamentos e habilidades em comparação ao período anterior. 

Como vimos até aqui, a implementação do relatório de avaliação da aprendizagem pode ser trabalhosa. No entanto, esse documento retrata fielmente o progresso de cada aluno, fornecendo um feedback importante para a família e outros envolvidos no processo educativo.

Com essas informações, tanto os pais quanto os gestores podem compreender melhor as necessidades do aluno para estabelecer práticas efetivas em prol da sua aprendizagem. 

Agora que você já sabe como ajudar seus professores na elaboração dos relatórios de avaliação de aprendizagem, conheça outras alternativas para promover a construção de conhecimentos. Torne sua escola mais atrativa e eficiente com nosso Guia do Engajamento Escolar!

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