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Por que aplicar a avaliação escolar? Conheça seus benefícios para a educação

Por que aplicar a avaliação escolar? Conheça seus benefícios para a educação

5 minutos

Por que aplicar a avaliação escolar?

Desenvolver métodos de avaliação escolar é essencial para o processo de ensino e aprendizagem, bem como aplicá-los adequadamente. O processo é importante não apenas para os alunos mas também para os professores e gestores escolares.

Isso se deve ao fato de que esse tipo de exame ajuda a iluminar e ajustar os caminhos até os objetivos de aprendizagens definidos pelos currículos em parceria com os agentes escolares.

Se você atua como gestor ou gestora de uma instituição de ensino, continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a avaliação escolar e suas implicações pedagógicas.

Qual é o objetivo da avaliação escolar e quais são seus benefícios para a educação?

Um dos objetivos da avaliação escolar é mensurar o desempenho dos estudantes e verificar se estão aprendendo os conteúdos propostos. No entanto, ela vai além ao avaliar se competências e habilidades sugeridas estão sendo desenvolvidas da maneira adequada.

Ao estabelecer uma avaliação escolar aliada às concepções pedagógicas de ensino, também é possível verificar o nível de aprendizagem de cada aluno, se estão acompanhando a programação curricular e, caso existam, quais são as dificuldades apresentadas.

Por isso, podemos dizer que os benefícios da avaliação escolar incluem:

  • aprimoramento da qualidade do ensino;

  • facilitação do processo de ensino e aprendizagem;

  • identificação de necessidades de formação ou atualização para o corpo docente;

  • oferecimento de meios para promover o engajamento e a participação dos alunos;

  • possibilidade de construir um registro histórico bem elaborado que aborde todo o desempenho dos estudantes.

Para saber mais sobre como avaliar de forma que o aluno e o professor estejam conscientes desses percursos, conversamos com Leticia Reina, mestre Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP. Confira a entrevista a seguir:

Como deve ser feita a avaliação escolar?

Agora que você já sabe o que é avaliação escolar, chegou o momento de conhecer mais sobre o assunto e entender como elaborar suas próprias formas de avaliação. Por isso, confira a seguir uma entrevista imperdível com Leticia Reina!

Durante a sua trajetória como coordenadora pedagógica, como era a sua relação com o processo de avaliação escolar nas instituições de ensino por onde passou?

Fui coordenadora de Fundamental 2 e as avaliações sempre foram motivo de muita discussão, por entendermos que elas são parte do processo formativo. Mas, claro, muitas vezes nos vemos em situações em que as provas são colocadas para classificar e podem causar ansiedade nos alunos e muita pressão também nos professores.

O que discutíamos, para amenizar esse valor de classificar ou de trazer instrumentos e momentos únicos avaliativos, era como fazer a avaliação escolar estar presente em diversas situações. A resposta? Por meio de um debate, um seminário, a prova escrita, uma experiência no laboratório ou as apostilas de observação de um trabalho de campo.

Avaliar o aluno, então, deve estar inserido em um processo contínuo em que ele aprende também sobre os procedimentos de responder provas, de falar em público, de apresentar oralmente argumentos etc.

Leia também: A importância da avaliação qualitativa nas escolas

De acordo com a psicopedagogia, qual é a função da avaliação escolar? Por que e para que avaliar?

Avaliar tem que ter o intuito de entender os processos de aprendizagem do aluno a fim de rever a rota do ensino. A avaliação escolar, então, deve ter como objetivo compreender o que os estudantes estão aprendendo, aquilo que não conseguiram assimilar e qual é a melhor forma de cada um entender e construir conhecimento.

Isso é necessário já que diferentes formas de avaliar também devem ser levadas em consideração nesse processo. Alguns alunos aprendem mais e melhor lendo, enquanto outros aprendem escrevendo.

Há ainda quem assimile melhor as informações falando ou explicando um assunto pro colega, ouvindo ou vendo vídeos. Diferentes avaliações podem trazer as ideias de diferentes intervenções que atendam às diversas modalidades de aprendizagem.

Leia também: Neuroeducação: benefícios e impactos na aprendizagem

Com a presença cada vez mais frequente do ensino híbrido nas escolas, você considera que o processo de avaliação sofreu alterações significativas?

Percebo que existe uma discussão maior em torno dos processos de ensino e aprendizagem, mais do que antes. A utilização das ferramentas tecnológicas digitais na sala de aula trouxe novas possibilidades e essas permitiram que os educadores revisitassem as formas de avaliar.

Nesse sentido, avaliar o aluno por processo, dentro de um Projeto Pedagógico, por exemplo, não é algo novo, mas as TICS, ou Tecnologias da Informação e da Comunicação, trouxeram perspectivas e instrumentos novos.

Além disso, como temos hoje novas formas de comunicação, consumo e produção de conteúdo, as escolhas dos educadores foram revistas. Isso ficou mais evidente com a pandemia, pois as escolas recorreram à tecnologia para ensinar e avaliar, enquanto os alunos puderam viver novas formas de aprender. Isso foi significativo nas avaliações.

O que temos que pensar é que daqui pra frente os objetivos educacionais devem estar pautados nas habilidades que os alunos têm que desenvolver e as TICS devem atender a esses propósitos, e dessa forma, as avaliações também devem atender e ajudar a rever sempre e continuamente as propostas de ensino.

Ouça no Plantando Histórias: Projetos de Inovação e tecnologia na educação

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Muitas teorias defendem que a avaliação contribui de forma efetiva como farol para o fazer pedagógico. Como a avaliação pode ser utilizada para que esse direcionamento seja qualitativo, tanto para o professor quanto para o aluno?

A avaliação escolar deve possibilitar a reorganização da rota, respeitando a diversidade de instrumentos e de modalidades de aprendizagem.

Ao escolher um instrumento de avaliação, seja uma prova escrita, uma prova oral, um debate em grupo, um seminário, o educador deve ter muito claro o que ele espera dos alunos e olhar para esse resultado pensando:

  • as perguntas que elaborei estavam boas?

  • me ajudaram a entender o que meus estudantes sabem e o que não sabem?

  • essa forma foi eficiente?

Além de olhar pro aluno e pensar o que ele aprendeu e como pode ter novos desafios, as avaliações precisam dar um retorno sobre a qualidade da intervenção didática. Elas devem fazer com que o educador pense se o instrumento é adequado para medir a habilidade que ele pretende que o aluno desenvolva.

Qual o papel da direção escolar no processo de avaliação utilizado pelos professores em uma escola?

A equipe de gestão deve garantir a formação continuada para educadores. Deve-se garantir tempo de estudo e planejamento, para que os docentes possam debruçar nos resultados e olhar o que e como eles aprenderam e o que pode ser melhorado nas propostas.

Sem tempo e investimento em formação, o educador não consegue se dedicar a isso, e as provas acabam servindo para classificar o aluno, para dar nota, para "passar" ou reprovar os estudantes.

Nesse sentido, a avaliação escolar fica entendida como momento único, fixo e estático do ensino e da aprendizagem. E o processo de avaliação escolar deve, de fato, ser processo e deve ser contínuo. O gestor deve ter o papel de acompanhar esses resultados e oferecer novas possibilidades e recursos para a comunidade.

Leia também: Rotatividade de professores: como evitar na sua escola

Como as avaliações brasileiras de larga escala contribuem com o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e educadores e como as escolas podem se preparar para esses testes?

As avaliações externas devem trazer os parâmetros de como os alunos estão em relação ao todo nacional. Para isso, critérios, objetivos, habilidades e questões trabalhadas devem trazer o que se espera do estudante brasileiro, "puxando" a régua do ensino para cima.

Portanto, as escolas e os planejamentos devem funcionar durante todo o ano em função desses objetivos, com os olhos voltados para onde se quer chegar.

A BNCC traz essas habilidades por segmento e o trabalho nas escolas deve ter esse intuito. Não pode ser um trabalho para preparar para o teste, mas um trabalho para preparar o aluno integralmente como leitor, escritor, ciente de seu papel cidadão e com um olhar crítico para as questões da sociedade.

Dessa forma, as avaliações externas devem buscar entender como foi o trabalho e dar um feedback se as estratégias didáticas estão funcionando. Essa reflexão deve servir de ajuste na didática, nos instrumentos, nas mediações feitas.

Afinal, o ideal é que as provas sejam fontes de reflexão e ajustes contínuos do fazer de toda comunidade escolar - gestores, professores e alunos.

Assista: Acompanhamento e avaliação escolar na quarentena

Agora você já sabe mais sobre como a avaliação escolar e suas concepções pedagógicas de ensino permitem acompanhar o processo de aprendizagem dos estudantes. Para saber mais sobre o assunto saiba como fazer o relatório de aprendizagem do aluno e aborde o processo avaliativo sob um novo enfoque.

Muitas teorias defendem que a avaliação contribui de forma efetiva como farol para o fazer pedagógico. Como a avaliação pode ser utilizada para que esse direcionamento seja qualitativo, tanto para o professor quanto para o aluno?

A avaliação escolar deve possibilitar a reorganização da rota, respeitando a diversidade de instrumentos e de modalidades de aprendizagem.

Ao escolher um instrumento de avaliação, seja uma prova escrita, uma prova oral, um debate em grupo, um seminário, o educador deve ter muito claro o que ele espera dos alunos e olhar para esse resultado pensando:

  • as perguntas que elaborei estavam boas?

  • me ajudaram a entender o que meus estudantes sabem e o que não sabem?

  • essa forma foi eficiente?

Além de olhar pro aluno e pensar o que ele aprendeu e como pode ter novos desafios, as avaliações precisam dar um retorno sobre a qualidade da intervenção didática. Elas devem fazer com que o educador pense se o instrumento é adequado para medir a habilidade que ele pretende que o aluno desenvolva.

Qual o papel da direção escolar no processo de avaliação utilizado pelos professores em uma escola?

A equipe de gestão deve garantir a formação continuada para educadores. Deve-se garantir tempo de estudo e planejamento, para que os docentes possam debruçar nos resultados e olhar o que e como eles aprenderam e o que pode ser melhorado nas propostas.

Sem tempo e investimento em formação, o educador não consegue se dedicar a isso, e as provas acabam servindo para classificar o aluno, para dar nota, para "passar" ou reprovar os estudantes.

Nesse sentido, a avaliação escolar fica entendida como momento único, fixo e estático do ensino e da aprendizagem. E o processo de avaliação escolar deve, de fato, ser processo e deve ser contínuo. O gestor deve ter o papel de acompanhar esses resultados e oferecer novas possibilidades e recursos para a comunidade.

Leia também: Rotatividade de professores: como evitar na sua escola

Como as avaliações brasileiras de larga escala contribuem com o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e educadores e como as escolas podem se preparar para esses testes?

As avaliações externas devem trazer os parâmetros de como os alunos estão em relação ao todo nacional. Para isso, critérios, objetivos, habilidades e questões trabalhadas devem trazer o que se espera do estudante brasileiro, "puxando" a régua do ensino para cima.

Portanto, as escolas e os planejamentos devem funcionar durante todo o ano em função desses objetivos, com os olhos voltados para onde se quer chegar.

A BNCC traz essas habilidades por segmento e o trabalho nas escolas deve ter esse intuito. Não pode ser um trabalho para preparar para o teste, mas um trabalho para preparar o aluno integralmente como leitor, escritor, ciente de seu papel cidadão e com um olhar crítico para as questões da sociedade.

Dessa forma, as avaliações externas devem buscar entender como foi o trabalho e dar um feedback se as estratégias didáticas estão funcionando. Essa reflexão deve servir de ajuste na didática, nos instrumentos, nas mediações feitas.

Afinal, o ideal é que as provas sejam fontes de reflexão e ajustes contínuos do fazer de toda comunidade escolar - gestores, professores e alunos.

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Agora você já sabe mais sobre como a avaliação escolar e suas concepções pedagógicas de ensino permitem acompanhar o processo de aprendizagem dos estudantes. Para saber mais sobre o assunto saiba como fazer o relatório de aprendizagem do aluno e aborde o processo avaliativo sob um novo enfoque.

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