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Gestão democrática na escola: o que é e como aplicar

Gestão democrática na escola: o que é e como aplicar

5 min

Gestão democrática na escola: dicas de como aplicar

A gestão escolar exige um olhar atento a diversos fatores, inclusive aqueles existentes fora das paredes da instituição. Afinal, ela envolve educadores, famílias e alunos e, para conciliar tantas demandas e ter resultados positivos, é preciso agir de forma justa.

Vamos listar, neste artigo, 5 dicas de como atuar em sua comunidade com escuta e ação ativas, garantindo uma gestão democrática na escola. Confira!

O que é a gestão democrática e participativa?

A Constituição Federal de 1988 aponta a gestão democrática na escola como um dos princípios para a educação brasileira. Ela torna o espaço escolar um ambiente de partilha e troca.

Esse tipo de gestão é regulamentada por leis complementares como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional da Educação.

Gestão democrática na escola é um modelo de gestão participativo que envolve toda a comunidade escolar - pais, alunos, professores e funcionários - na tomada de decisões importantes.

Esse modelo de gestão visa promover a transparência, a colaboração e a participação ativa de todos os envolvidos. Com isso, garante-se que as necessidades e desejos da comunidade sejam atendidos.

A gestão democrática na escola é um elemento crucial para promover a qualidade do ensino e a melhoria da eficácia escolar. Além disso, é uma forma de empoderar a comunidade escolar e promover a cidadania participativa desde cedo.

O que diz a LDB sobre a gestão democrática?

A Lei de Diretrizes e Bases da educação (LDB) foi criada em 1996. Ela previa 11 princípios fundamentais como forma de garantir que a população tivesse acesso à educação gratuita e de qualidade.

Em 2013, com a Lei nº 12.796/13, mais um princípio foi adicionado. Ele trata a gestão democrática na escola como uma responsabilidade da política educacional.

Para possibilitar essa gestão, a LDB propõe que os profissionais da educação participem da formulação do projeto político pedagógico da escola e que a comunidade escolar tenha acesso aos conselhos escolares.

Por que gerir uma escola de forma democrática?

Gerir uma escola de forma democrática é importante por diversos motivos. Em primeiro lugar, esse modelo de gestão promove a participação e a colaboração de todos os membros da comunidade escolar.

Isso pode levar a uma maior compreensão das necessidades e desejos da comunidade. E, consequentemente, a decisões mais bem fundamentadas e eficazes.

Além disso, a gestão democrática pode aumentar a transparência na gestão escolar. O que pode contribuir para a prevenção de práticas autoritárias e para a promoção de uma cultura de respeito e diálogo.

Por fim, a gestão democrática pode contribuir para o desenvolvimento de habilidades sociais e cívicas dos alunos. Ela acaba preparando-os para serem cidadãos mais críticos, engajados e participativos na sociedade.

A gestão democrática na escola possibilita seu vínculo com a comunidade na qual atua. Assim, ela permite que tanto o currículo quanto a proposta pedagógica estejam alinhados e atendam às necessidades locais.

Isso demonstra o quanto a escuta e a transparência para tomadas de decisões são fundamentais. Elas garantem um impacto significativo na formação dos alunos.

Qual é o papel do gestor na escola democrática?

Para assegurar uma gestão democrática na escola, o administrador educacional precisa descentralizar a administração da instituição. Isso permite que todos os agentes envolvidos no desenvolvimento pleno de famílias, estudantes e funcionários se responsabilizem.

Afinal, quando compartilhada, a tomada de decisões afeta o processo de ensino e aprendizagem, resultando em uma cultura de paz.

Além disso, o gestor educacional também pode adotar metodologias ativas. Afinal, elas permitem que o estudante seja o protagonista do seu próprio aprendizado.

Como se estrutura a gestão escolar democrática?

A estrutura de uma gestão escolar democrática geralmente envolve a criação de órgãos colegiados. Além de espaços de participação e deliberação que permitem a colaboração e o diálogo entre os diferentes membros da comunidade escolar.

Esses órgãos colegiados podem incluir o conselho escolar, o conselho de classe, o grêmio estudantil, entre outros.

Além disso, é importante que a gestão escolar democrática promova a transparência e a prestação de contas. Ela deve disponibilizar informações relevantes sobre a gestão escolar e incentivando a participação ativa da comunidade nos processos de tomada de decisão.

Por fim, a gestão escolar democrática também deve buscar promover a formação e a capacitação dos diferentes membros da comunidade escolar. Assim, os mesmos podem desempenhar um papel ativo e consciente na gestão da escola.

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5 dicas de como aplicar a gestão democrática na escola educativa

Confira a seguir algumas ações possíveis para promover esse tipo de gestão escolar na sua instituição de ensino:

1. Ofereça espaços de escuta para os estudantes

Ao criar um espaço de escuta, como as assembleias de classe, os alunos poderão tomar decisões baseadas no diálogo.

Ulisses Ferreira de Araújo, no livro “Assembléia Escolar: Um caminho para a resolução de conflitos”, afirma que essa prática possibilita que crianças e jovens aprendam a se posicionar diante de conflitos e percebam que existem diferentes opiniões. Por fim, eles entendem que tais diferenças não impedem o convívio respeitoso no coletivo.

Nesse sentido, promover encontros quinzenais com os alunos possibilita que eles aprendam a deliberar sobre o que está ao alcance deles.

Esses espaços, então, serão utilizados para criticar, felicitar e discutir ações do cotidiano. Em outras palavras, abrir esse caminho de discussão com frequência é ampliar a escuta para as dores desses jovens. Isso permite que a escola atue de modo eficaz para o desenvolvimento emocional e cognitivo de suas turmas.

Ouça também o episódio do nosso podcast: Empoderamento social por meio da leitura.

2. Viabilize a formação continuada para seus educadores

A prática de encontros frequentes com os educadores da escola para a discussão de currículo fortalece e traz segurança para o corpo docente.

Essa dinâmica é muito importante para uma gestão democrática na escola. Ela pode promover a discussão de concepções pedagógicas que norteiam o Projeto Político e Pedagógico.

Afinal, as iniciativas na escola educativa se tornam mais coerentes quando o corpo docente se apropria da proposta. Dessa forma, os educadores também podem obter embasamento teórico para realizar as devidas intervenções, caso sejam necessárias. Afinal, professores cientes de seu papel possibilitam que a escola seja, de fato, um lugar de aprendizagem.

Confira nosso Webinar: Como gestores escolares podem preparar suas equipes

3. Proponha encontros formativos com as famílias

Trazer pais e responsáveis para perto pode e deve fazer parte de uma gestão democrática na escola. Criar reuniões frequentes para que os cuidadores saibam o que se passa no ambiente escolar é adicionar um parceiro de trabalho à formação dos estudantes.

Os encontros entre pais podem ter diferentes focos. Eles podem ainda ser um espaço de troca de experiências e compartilhamento de ansiedades de cada faixa etária.

Acima de tudo, as reuniões são também um espaço de escuta das dores, para o entendimento do perfil de sua comunidade. Essas iniciativas abrem a conversa para que as demandas sejam ouvidas e as ações mais eficazes. O que leva a resultados cada vez mais potentes.

4. Invista na formação dos funcionários da escola

Todo funcionário da escola, do porteiro à faxineira, passando pela merendeira, é um educador. Entender isso faz parte de uma gestão de excelência e democratiza as informações e decisões. Promover uma gestão horizontal e participativa dentro do ambiente escolar é fundamental para que haja coerência entre todos os agentes envolvidos.

Convide esses e outros funcionários para as reuniões sobre a proposta pedagógica da instituição de ensino. Desenvolva também rotinas de diálogo entre pais, mães, professores, estudantes e funcionários, descentralizando a responsabilidade de cuidar, educar e formar.

Afinal, a gestão democrática na escola deve incluir todos. É no dia a dia que se forma um cidadão mais consciente do seu entorno, de modo ético e crítico.

5. Crie espaços que "conversam" com a comunidade

Para que tudo funcione de modo democrático, é preciso que o espaço físico da escola seja também um porta voz explícito dessas escolhas. Assim, de fato, todos serão escutados.

Um exemplo é a exibição de comunicados e caminhos adotados em paredes, murais, quadras, salas de aula e sala de professores. Adotar um sistema de gestão escolar que ofereça um panorama geral sobre a instituição de ensino também pode ser interessante.

Além disso, é possível abrir frentes de reivindicações, registrando ansiedades, dúvidas e celebrações da comunidade. Assim, sua escola afirma para todos o que se pretende: democratizar as tomadas de decisões.

Por fim, coloque cartazes, abra canais pelas redes sociais da sua instituição, chame a comunidade para dentro do processo! Deixe claro que a sua escola é um espaço de escuta!

A gestão democrática é o que possibilita a formação de cidadãos conscientes, o que leva a ótimos resultados de ensino e aprendizagem!

Se você gostou de saber mais sobre o que é gestão democrática na escola, assine nossa newsletter! Assim você terá acesso a conteúdos relevantes e poderá se informar sobre as notícias mais importantes do mundo educacional.

5 dicas de como aplicar a gestão democrática na escola educativa

Confira a seguir algumas ações possíveis para promover esse tipo de gestão escolar na sua instituição de ensino:

1. Ofereça espaços de escuta para os estudantes

Ao criar um espaço de escuta, como as assembleias de classe, os alunos poderão tomar decisões baseadas no diálogo.

Ulisses Ferreira de Araújo, no livro “Assembléia Escolar: Um caminho para a resolução de conflitos”, afirma que essa prática possibilita que crianças e jovens aprendam a se posicionar diante de conflitos e percebam que existem diferentes opiniões. Por fim, eles entendem que tais diferenças não impedem o convívio respeitoso no coletivo.

Nesse sentido, promover encontros quinzenais com os alunos possibilita que eles aprendam a deliberar sobre o que está ao alcance deles.

Esses espaços, então, serão utilizados para criticar, felicitar e discutir ações do cotidiano. Em outras palavras, abrir esse caminho de discussão com frequência é ampliar a escuta para as dores desses jovens. Isso permite que a escola atue de modo eficaz para o desenvolvimento emocional e cognitivo de suas turmas.

Ouça também o episódio do nosso podcast: Empoderamento social por meio da leitura.

2. Viabilize a formação continuada para seus educadores

A prática de encontros frequentes com os educadores da escola para a discussão de currículo fortalece e traz segurança para o corpo docente.

Essa dinâmica é muito importante para uma gestão democrática na escola. Ela pode promover a discussão de concepções pedagógicas que norteiam o Projeto Político e Pedagógico.

Afinal, as iniciativas na escola educativa se tornam mais coerentes quando o corpo docente se apropria da proposta. Dessa forma, os educadores também podem obter embasamento teórico para realizar as devidas intervenções, caso sejam necessárias. Afinal, professores cientes de seu papel possibilitam que a escola seja, de fato, um lugar de aprendizagem.

Confira nosso Webinar: Como gestores escolares podem preparar suas equipes

3. Proponha encontros formativos com as famílias

Trazer pais e responsáveis para perto pode e deve fazer parte de uma gestão democrática na escola. Criar reuniões frequentes para que os cuidadores saibam o que se passa no ambiente escolar é adicionar um parceiro de trabalho à formação dos estudantes.

Os encontros entre pais podem ter diferentes focos. Eles podem ainda ser um espaço de troca de experiências e compartilhamento de ansiedades de cada faixa etária.

Acima de tudo, as reuniões são também um espaço de escuta das dores, para o entendimento do perfil de sua comunidade. Essas iniciativas abrem a conversa para que as demandas sejam ouvidas e as ações mais eficazes. O que leva a resultados cada vez mais potentes.

4. Invista na formação dos funcionários da escola

Todo funcionário da escola, do porteiro à faxineira, passando pela merendeira, é um educador. Entender isso faz parte de uma gestão de excelência e democratiza as informações e decisões. Promover uma gestão horizontal e participativa dentro do ambiente escolar é fundamental para que haja coerência entre todos os agentes envolvidos.

Convide esses e outros funcionários para as reuniões sobre a proposta pedagógica da instituição de ensino. Desenvolva também rotinas de diálogo entre pais, mães, professores, estudantes e funcionários, descentralizando a responsabilidade de cuidar, educar e formar.

Afinal, a gestão democrática na escola deve incluir todos. É no dia a dia que se forma um cidadão mais consciente do seu entorno, de modo ético e crítico.

5. Crie espaços que "conversam" com a comunidade

Para que tudo funcione de modo democrático, é preciso que o espaço físico da escola seja também um porta voz explícito dessas escolhas. Assim, de fato, todos serão escutados.

Um exemplo é a exibição de comunicados e caminhos adotados em paredes, murais, quadras, salas de aula e sala de professores. Adotar um sistema de gestão escolar que ofereça um panorama geral sobre a instituição de ensino também pode ser interessante.

Além disso, é possível abrir frentes de reivindicações, registrando ansiedades, dúvidas e celebrações da comunidade. Assim, sua escola afirma para todos o que se pretende: democratizar as tomadas de decisões.

Por fim, coloque cartazes, abra canais pelas redes sociais da sua instituição, chame a comunidade para dentro do processo! Deixe claro que a sua escola é um espaço de escuta!

A gestão democrática é o que possibilita a formação de cidadãos conscientes, o que leva a ótimos resultados de ensino e aprendizagem!

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