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Educação
Escolas inovadoras: o que são e como se tornar uma

Escolas inovadoras: o que são e como se tornar uma

9 maio 2023
4 min
Post modificado em:
9/5/2023

Gestor, você sabe o que caracteriza as escolas inovadoras? E sabe quais passos seguir para garantir a inovação na sua escola? Veja a seguir!

O que são escolas inovadoras?

Atualmente, muitas pessoas associam inovação à tecnologia. Embora ela possa ser uma importante aliada, a simples presença da tecnologia não é sinônimo de inovação.

Inovar é convidar o novo, é encontrar novos caminhos. E, sobretudo, novos caminhos coletivos! De acordo com Helena Singer:

“Inovação é aquilo que as pessoas e comunidades criam com base em uma pesquisa, em conhecimento, com metodologia clara da realidade em que vivem para enfrentar os desafios sociais que são vividos naquele seu contexto.”

Além disso, quando falamos de escola, inovar é buscar novas formas de aprender e ensinar. É olhar o conhecimento e a sua construção com novos olhos.

O professor José Pacheco nos mostra que as escolas inovadoras colocam o estudante no centro do processo de ensino e aprendizagem. E ainda desenvolvem projetos educacionais coletivos e integrados à comunidade.

As escolas inovadoras são aquelas que respondem às necessidades sociais contemporâneas, celebram a diversidade e utilizam a tecnologia com intencionalidade e responsabilidade.

Em resumo: escolas inovadoras são aquelas que garantem a cada aluno o direito à educação!

Quais são as características das escolas inovadoras?

Inovar é impactar diretamente na qualidade da aprendizagem – é entender que a educação e os processos educativos devem ser democráticos e criadores.

Pensando nisso, listamos a seguir algumas características importantes das escolas inovadoras. Confira:

1 - Integração com a comunidade escolar

As escolas inovadoras conhecem bem a comunidade que as circundam. Afinal, como vimos acima, o ponto de partida para qualquer inovação é conhecer bem a realidade que se vive.

Por isso, gestores e educadores devem buscar entender o contexto sócio-cultural local. Além de estabelecer uma relação de parceria com a comunidade e reconhecê-la enquanto aliada no processo educativo.

Essa integração pode acontecer de várias formas. A escola pode:

  • Organizar atividades culturais em parceria com instituições locais, como universidades e bibliotecas;
  • Fomentar a presença de famílias e responsáveis nas atividades cotidianas da escola;
  • Promover encontros e palestras abertas, levando em consideração assuntos e pautas relevantes para aquela realidade;
  • Participar de projetos sociais desenvolvidos pela comunidade local, como campanhas de conscientização ambiental;
  • Reconhecer e visitar espaços com potencial educativo, como parques, florestas, prédios históricos, e etc;
  • Investigar e celebrar os saberes ancestrais, populares e culturais daquela região.

A integração escola-comunidade é essencial na formação para o exercício da cidadania!

Quer saber mais exemplos práticos? Ouça um episódio do nosso podcast "Plantando Histórias” para uma dose de inspiração! Nele, o professor Linaldo Oliveira conta como ensinou biologia integrando a escola com toda a comunidade local.

2 - O estudante é o protagonista

Nos debates educacionais do século XXI, muito se fala da autonomia e protagonismo do estudante – e é claro que essa pauta é fundamental.

Mas, para que um estudante participe ativamente, devemos lembrar que a mediação de um educador é indispensável. Como o professor José Pacheco nos lembra: ninguém é autônomo sozinho!

Nas escolas inovadoras, o professor não atua enquanto um transmissor de conteúdo. Ele é aquele que orienta o estudante a construir conhecimento a partir de suas próprias experiências.

Por isso, para incentivar a autonomia e o protagonismo estudantil, é importante que as instituições de ensino:

  • Estabeleçam espaços flexíveis de aprendizagem, onde os estudantes sejam orientados em suas especificidades;
  • Promovam a colaboração, o desenvolvimento do senso crítico e da criatividade;
  • Mantenham a escuta ativa e encoraje reuniões estudantis, como assembléias e grêmios;
  • Incentivem o trabalho interdisciplinar e o trabalho em grupo;
  • Desenvolvam métodos de ensino e avaliação que atendam a realidade da comunidade escolar;
  • Incorpore tecnologias educacionais engajadoras, alinhadas com o letramento digital e que se adequem ao processo de aprendizagem.

3 - Formação continuada de professores

É inegável a importância da formação continuada do professor. Afinal, é a partir do estudo, diálogo e pesquisa constantes que novas ideias surgem!

A formação constante ajuda a construir uma cultura de professores seguros em sua atuação profissional. E não há dúvida: educadores confiantes e motivados são mais ativos no desenvolvimento de práticas e experimentações pedagógicas.  

Nesse sentido, é importante que gestores e coordenadores pedagógicos:

  • Ofereçam a formação continuada de modo estruturado, com levantamento de temáticas de interesse, planejamento de escala de professores e etc;
  • Garantam a autonomia docente e espaço para experimentações que contemplem o plano político pedagógico da escola;
  • Incentivem a troca constante entre educadores, criando oportunidades para a pesquisa docente;
  • Orientem de perto as iniciativas, projetos interdisciplinares e demais ações desenvolvidas na escola, mantendo a escuta ativa e dando o apoio necessário;
  • Estimule o pensamento crítico e a resolução de problemas para que o aluno possa assumir um papel de protagonista na sua formação.

No mundo contemporâneo, um ponto importante para as escolas inovadoras é o uso que os professores fazem das tecnologias e plataformas educacionais.

Por isso, gestor, não deixe de convidar a sua equipe docente para debater constantemente o uso da tecnologia educacional na sala de aula.

4 - Tecnologia com intencionalidade

Educar indivíduos para o mundo atual exige a formação para o exercício da cidadania digital. A BNCC aponta que utilizar e compreender as tecnologias digitais de forma crítica e ética é fundamental para uma educação inovadora.

Gestores e educadores sabem que não se trata simplesmente de incorporar ferramentas digitais no processo de ensino e aprendizagem. O essencial é utilizá-las com intencionalidade e planejamento!

Logo, é fundamental que a gestão escolar defina, em diálogo com a comunidade escolar, quais são as plataformas educacionais que melhor contribuem para o ensino na instituição.

Nesse sentido, alguns caminhos podem ser seguidos:

  • Avaliar qual (ou quais) plataforma(s) atenderá (atenderão) ao currículo dos anos escolares e seus objetivos de aprendizagem;
  • Estruturar um plano de implementação, priorizando formações pedagógicas para a equipe docente;
  • Organizar encontros periódicos para a avaliação de relatórios de uso e recalcular rotas, caso necessário;
  • Comunicar os responsáveis sobre o uso das ferramentas e suas intenções pedagógicas;
  • Planejar palestras e encontros para as famílias sobre temáticas como segurança e mediação digital, tempo de tela saudável, entre outros.


Gestor, esperamos que esse texto tenha te apoiado nas reflexões sobre a inovação escolar! Para se aprofundar mais no assunto, confira o nosso texto “Inovação na escola: o que é e o que buscam os pais?”. Até a próxima!

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