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Em 1995, quando Bill Gates publicou A Estrada do Futuro, as possibilidades descritas no livro pareciam utopia. O autor falava que o professor poderia, por meio da internet, trazer praticamente qualquer informação aos seus alunos com textos, vídeos e imagens da rede.
Porém, estamos perto de vivenciar uma revolução ainda mais profunda: com a realidade virtual na sala de aula, será possível levar os estudantes até qualquer lugar do Universo, desde a microscópica célula até um planeta distante.
Quer saber mais sobre esse assunto e descobrir como a realidade virtual pode promover uma verdadeira viagem ao conhecimento? Então, não perca este post. Vamos explicar como essa tecnologia tem sido aplicada à Educação e as vantagens de sua utilização.
O que é realidade virtual?
Trata-se de uma tecnologia que permite a imersão do usuário em um ambiente virtual, por meio de um sistema computacional. Equipamentos e sensores estimulam os sentidos do usuário, simulando diversas situações.
À medida que induz efeitos visuais, sonoros, táteis e sensações relacionadas à localização e posicionamento, o usuário experimenta uma imersão completa no ambiente simulado. Ele pode interagir ou não com os objetos presentes, dependendo da configuração do recurso.
Essa tecnologia já é usada no entretenimento há algum tempo, tendo um papel cada vez mais destacado no mercado de games. Apenas a título de exemplo temos as montanhas-russas virtuais. O usuário pode, por meio de um dispositivo, ter as mesmas sensações de alguém que está no parque de diversões, mesmo que fique sentado em um banco convencional.
Na Medicina, essa tecnologia permitiu grandes avanços. Muitos médicos aprendem a realizar cirurgias e treinam o procedimento por meio dessa técnica. No dispositivo, eles veem exatamente o que um cirurgião veria nessas situações e, ao realizarem movimentos com o bisturi e outros equipamentos cirúrgicos, obtém o mesmo tipo de resposta que seria dado pelo organismo do paciente.
O comércio também tem aplicado essa tecnologia. O consumidor já pode caminhar virtualmente por algumas lojas, ver exatamente o que um cliente vê no ponto físico, escolher mercadorias e comprá-las utilizando esse recurso.
Com todo esse potencial de simular a realidade e provocar experiências imersivas, você talvez esteja pensando por que essa tecnologia ainda não é aplicada à Educação. Na verdade, ela já faz parte da realidade de muitas salas de aula. Descubra como no próximo tópico!
Como aplicar a realidade virtual na sala de aula?
Atualmente, há muitos educadores e organizações engajados na busca de aplicações para a realidade virtual na sala de aula. Esse esforço deu origem a vários projetos relevantes. Destacaremos alguns a seguir.
Trabalhos de campo
Em muitas disciplinas, os alunos só conhecem o objeto de estudo por meio da descrição do livro didático ou de imagens. Dificuldades relacionadas a custos, disponibilidade e logística inviabilizam trabalhos de campo que seriam úteis para uma experiência significativa.
A realidade virtual minimiza esse problema. Ela pode levar os alunos a esses ambientes, fazer com que eles os visualizem em detalhes e tenham sensações muito semelhantes às de quem vive essa experiência in loco. Esse é o caso de visitas a áreas naturais, por exemplo, ou até mesmo ao fundo do mar ou outro planeta.
Sessões de integração
Também existe a possibilidade de usar a tecnologia como uma ferramenta social. Uma atividade lúdica e coletiva, aplicada por meio da realidade virtual, pode facilitar a interação e contribuir para a integração de alunos mais tímidos.
Trabalho conjunto com livros
Naturalmente, os livros nos transportam a outras realidades por meio da imaginação. No entanto, essa possibilidade pode ficar limitada pela falta de conhecimento dos alunos sobre um determinado local ou época.
O professor pode usar essa tecnologia na sala de aula para ajudar os alunos a adquirirem esse conhecimento. A visita virtual ao local onde os personagens foram ambientados é uma das atividades que proporcionam essa experiência antes da leitura do livro. Dessa forma, amplia-se o potencial de imersão dos estudantes na história.
Em pouco tempo, pode ser que o contrário aconteça. Já imaginou como seria fantástico se os alunos conseguissem reconstruir o ambiente e as cenas de um livro, a partir das descrições do autor? Vale a pena acompanhar essa tendência e permanecer aberto a essa possibilidade de explorar a imaginação e criatividade dos alunos.