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Como lidar com alunos indisciplinados e engajá-los nas atividades escolares?

Como lidar com alunos indisciplinados e engajá-los nas atividades escolares?

3 min

engajar alunos indisciplinados

Lidar com crianças indisciplinadas faz parte da rotina de todo coordenador pedagógico, e dos profissionais da educação, no geral. Isso, no entanto, não significa que o problema deve ser encarado com naturalidade. Tratá-lo, por exemplo, apenas com punições pode prejudicar ainda mais o aprendizado e o engajamento — podendo, inclusive, levar à diminuição do número de alunos e problemas com os pais.

Por isso, para resolver de fato esse problema, é preciso recorrer a alternativas que sejam mais eficazes e edificantes para os estudantes. Para lhe ajudar com isso, veremos neste artigo o que você pode fazer para manter o ambiente escolar sadio e estimular o engajamento dos seus alunos. Continue lendo e confira nossas dicas!

O que caracteriza as crianças indisciplinadas?

No geral, a indisciplina é caracterizada pela falta de atenção ao professor e desinteresse com relação ao conteúdo ensinado. Às vezes, os alunos preferem checar o celular, por exemplo, ou conversar com os amigos sobre outro tema. Já em casos mais graves, há um desrespeito à autoridade estabelecida na sala de aula, como a dos professores, ou mesmo aos seus próprios colegas, prejudicando o ambiente como um todo.

Seja como for, crianças indisciplinadas podem apresentar esse quadro devido a muitos fatores. Um ambiente familiar conturbado pode ser um deles; ou, simplesmente, uma falta de interesse com relação ao que é ensinado e à metodologia adotada pela escola.

Em alguns casos, os alunos são interessados e têm um bom potencial, mas simplesmente não conseguem se adaptar ao ritmo de aprendizagem da instituição, por causa dos métodos utilizados, que precisam de revisão e atualização. É por isso que a falta de disciplina não deve ser menosprezada. Se cada caso receber a devida atenção com uma análise particular, será bem mais fácil entender e resolver as suas causas.

Como engajar esses alunos?

Evidentemente, a escola tem uma parcela de responsabilidade nesse problema: muitas vezes, estratégias pedagógicas pouco efetivas, falta de adequação à modernidade e pouca empatia são alguns dos motivos que podem incorrer na perda de interesse por parte dos estudantes.

Por isso, as instituições precisam entender como tornar o seu ambiente mais interessante e cativante para os estudantes. A seguir, confira algumas dicas:

Foco na comunicação

É muito importante compreender o que o estudante sente e por que ele está tão desinteressado pelos conteúdos, preferindo não respeitar as regras. Portanto, conceder a oportunidade de fala a essas crianças é fundamental. Isso faz com que elas se sintam valorizadas e estimula a cooperação entre professor e aluno — afinal, ambos trabalham juntos na construção do conhecimento.

Essa oportunidade de fala não deve ficar restrita à discussão dos conteúdos escolares. Deve considerar também a voz para falar sobre as relações entre os alunos e entre alunos e professores. Uma sugestão é propor assembleias de classe, em que o grupo pode falar sobre as relações entre os amigos, sobre o que incomoda na classe e sobre soluções para o cotidiano, por exemplo. Nesses momentos, os alunos que podem parecer os mais indisciplinados em aula, podem trazer possíveis soluções pra melhorar as relações em aula, e ser valorizado por isso.

Essa valorização pode colocá-lo em outro lugar na aula. Tudo isso serve de incentivo prático ao engajamento desses alunos, valorizando sua autonomia e integração. Vale lembrar, por fim, que esse diálogo precisa se estender ainda aos pais e familiares. Conversar com eles também lhe ajudará na compreensão do problema e na busca de soluções adequadas.

Esclarecimento dos pontos positivos

Os professores devem esclarecer quais habilidades serão desenvolvidas e quais são os pontos positivos associados a elas, de forma a convencer os alunos acerca dos objetivos de cada assunto e da experiência da sala de aula, como um todo.

O ideal é que isso seja aplicado a cada atividade proposta, especificamente, para que o estudante tenha sempre clareza de aonde deve chegar e dos usos efetivos daquilo que ele está aprendendo.

Aplicação do conteúdo

Este tópico está relacionado ao anterior: é fundamental que as instituições foquem em formas de fazer os estudantes lerem o próprio mundo a partir do que é ensinado em sala de aula. Assim, tudo fica mais interessante, pois eles entendem — de forma prática e dentro do contexto em que elas vivem — como determinado conceito ou componente curricular é indispensável à sua formação.

Um bom exemplo disso é o documentário em vídeo sobre a cidade de Teresina, concebido pelo professor Luís Carlos Rodrigues com a ajuda de alunos de uma escola municipal. O projeto motivou os estudantes a pesquisar fontes, imagens e documentos de uma forma divertida, reforçando na prática conhecimentos de geografia. Outro exemplo é o projeto Airgainst Dengue, desenvolvido por alunos do colégio técnico da Universidade federal de Minas Gerais, que realiza o mapeamento das áreas mais afetadas e o reconhecimento de focos de reprodução do mosquito.

Nesse caso, a atividade mobilizou os discentes a buscar soluções tecnológicas para um problema real, o do Aedes Aegypti. Assim, eles puderam colocar em prática os conceitos aprendidos na aula, sedimentando todo esse conhecimento adquirido — e ainda desenvolveram algumas habilidades extracurriculares, que poderão ser muito úteis no futuro.

Foco em tecnologia

Neste ponto, é importante deixar claro: quando falamos de foco em tecnologia, isso não significa somente a adoção de ferramentas modernas que os estudantes já utilizam, mas sim a adesão a iniciativas e práticas inovadoras, orientadas a tirar o melhor proveito das novas tecnologias. Em outras palavras, trata-se de utilizar da melhor forma o que já está disponível, mas com estratégias desafiadoras, que atraiam o aluno para a posição de protagonista do próprio aprendizado.

A gamificação é uma ferramenta eficaz nesse sentido. Com o estímulo à solução de problemas e à superação de etapas para chegar a um objetivo final, envolvendo storytelling e feedbacks, os alunos podem desenvolver mais interesse e empenho pelas atividades escolares — sem que, para isso, seja preciso abandonar a profundidade do aprendizado.

Esclarecimento da importância das regras

Também é preciso evidenciar a importância das regras existentes na instituição. Elas podem ser morais — as que estabelecem limites éticos para o convívio social — ou regras de conduta, como a determinação de uniformes, por exemplo. Para todas elas há um motivo, e o aluno precisa entendê-las para ter por que segui-las. A necessidade de ordem é algo importante e que deve ser ensinado para as crianças, pois será exigido ao longo da vida adulta.

Inclusive, isso está relacionado à nossa primeira dica: a família e a instituição precisam ter um diálogo aberto, para agir em conjunto no esclarecimento dos alunos quanto aos seus direitos e deveres.

Enfim, como vimos, é possível trabalhar com a indisciplina das crianças e construir uma experiência melhor para esses alunos, com estratégias empolgantes e interessantes. Para isso, o diálogo não pode faltar, bem como a utilização de práticas modernas e inovadoras, que envolvam as tecnologias atuais.

Então, gostou do nosso post? Agora, para saber ainda mais sobre o assunto, baixe gratuitamente nosso Guia do Engajamento Escolar!

Esclarecimento dos pontos positivos

Os professores devem esclarecer quais habilidades serão desenvolvidas e quais são os pontos positivos associados a elas, de forma a convencer os alunos acerca dos objetivos de cada assunto e da experiência da sala de aula, como um todo.

O ideal é que isso seja aplicado a cada atividade proposta, especificamente, para que o estudante tenha sempre clareza de aonde deve chegar e dos usos efetivos daquilo que ele está aprendendo.

Aplicação do conteúdo

Este tópico está relacionado ao anterior: é fundamental que as instituições foquem em formas de fazer os estudantes lerem o próprio mundo a partir do que é ensinado em sala de aula. Assim, tudo fica mais interessante, pois eles entendem — de forma prática e dentro do contexto em que elas vivem — como determinado conceito ou componente curricular é indispensável à sua formação.

Um bom exemplo disso é o documentário em vídeo sobre a cidade de Teresina, concebido pelo professor Luís Carlos Rodrigues com a ajuda de alunos de uma escola municipal. O projeto motivou os estudantes a pesquisar fontes, imagens e documentos de uma forma divertida, reforçando na prática conhecimentos de geografia. Outro exemplo é o projeto Airgainst Dengue, desenvolvido por alunos do colégio técnico da Universidade federal de Minas Gerais, que realiza o mapeamento das áreas mais afetadas e o reconhecimento de focos de reprodução do mosquito.

Nesse caso, a atividade mobilizou os discentes a buscar soluções tecnológicas para um problema real, o do Aedes Aegypti. Assim, eles puderam colocar em prática os conceitos aprendidos na aula, sedimentando todo esse conhecimento adquirido — e ainda desenvolveram algumas habilidades extracurriculares, que poderão ser muito úteis no futuro.

Foco em tecnologia

Neste ponto, é importante deixar claro: quando falamos de foco em tecnologia, isso não significa somente a adoção de ferramentas modernas que os estudantes já utilizam, mas sim a adesão a iniciativas e práticas inovadoras, orientadas a tirar o melhor proveito das novas tecnologias. Em outras palavras, trata-se de utilizar da melhor forma o que já está disponível, mas com estratégias desafiadoras, que atraiam o aluno para a posição de protagonista do próprio aprendizado.

A gamificação é uma ferramenta eficaz nesse sentido. Com o estímulo à solução de problemas e à superação de etapas para chegar a um objetivo final, envolvendo storytelling e feedbacks, os alunos podem desenvolver mais interesse e empenho pelas atividades escolares — sem que, para isso, seja preciso abandonar a profundidade do aprendizado.

Esclarecimento da importância das regras

Também é preciso evidenciar a importância das regras existentes na instituição. Elas podem ser morais — as que estabelecem limites éticos para o convívio social — ou regras de conduta, como a determinação de uniformes, por exemplo. Para todas elas há um motivo, e o aluno precisa entendê-las para ter por que segui-las. A necessidade de ordem é algo importante e que deve ser ensinado para as crianças, pois será exigido ao longo da vida adulta.

Inclusive, isso está relacionado à nossa primeira dica: a família e a instituição precisam ter um diálogo aberto, para agir em conjunto no esclarecimento dos alunos quanto aos seus direitos e deveres.

Enfim, como vimos, é possível trabalhar com a indisciplina das crianças e construir uma experiência melhor para esses alunos, com estratégias empolgantes e interessantes. Para isso, o diálogo não pode faltar, bem como a utilização de práticas modernas e inovadoras, que envolvam as tecnologias atuais.

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